sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

CASO JÉSSICA PICOLO, Curitiba (2009) - 39ª edição



No dia 17 de janeiro de 2009, sábado, por volta das 21h, dois assaltantes entraram no Pesque e Pague da família Picolo para roubar o estabelecimento e residência da família rendendo a estudante de 13 anos, Jéssica Picolo, e sua mãe Marilize Kraemer Picolo, de 45 anos. Marilize foi assassinada no local do crime com um golpe de faca no pescoço, enquanto sua filha foi levada pelos bandidos a um matagal próximo, estuprada (com extrema violência, segundo a perícia, pois, sua região vaginal estava dilacerada), estrangulada e morta com golpes de faca (de acordo com os peritos, sete perfurações no pescoço e costas).



No momento do crime, Idelino Picolo, pai de Jéssica, estava ausente pois, como de costume, foi até o ponto de ônibus buscar a filha mais velha que trabalhava em Curitiba... foram apenas 20 minutos...

Na manhã do domingo, 18 de janeiro de 2009, a polícia prendeu dois suspeitos dos assassinatos: um adolescente de 17 anos, que confessou o crime e apontou a participação de outro homem, de 36 anos que, na época, insistiu em afirmar que não teve qualquer participação.



Segundo a polícia, ambos frequentavam o bar do Pesque-Pague há cerca de um mês e conheciam a rotina do proprietário. De acordo com o depoimento do adolescente, ambos decidiram esperar que Idelino saísse para depois invadir a residência da família e fazer o assalto.

O homem de 36 anos – que não entendo por quê não teve sua identidade revelada – entrou na casa portando uma faca e tentou render Marilizia, que reagiu... recebeu uma facada no pescoço e morreu na hora. Então, pegaram Jéssica e a obrigaram a levá-los até o bar do Pesque-Pague, cujo caixa só tinha 60 reais – eles esperavam encontrar cerca de 5 mil reais... em seguida, levaram a menina até o local onde trabalhavam, a 2km do Pesque-Pague e “terminaram o serviço”, pois, ela os conhecia.

Tanto o adolescente quanto o homem de 36 anos foram reconhecidos por uma testemunha que os viu no local onde trabalhavam no domingo, às 11h. O adolescente foi encaminhado para o Serviço de Atendimento Social, enquanto o homem, oriundo de São Paulo e já tinha passagem por roubo, foi encaminhado ao Centro de Triagem de Piraquara.

O corpo de Jéssica foi encontrado no dia 19 de janeiro à tarde, em um lago em São José dos Pinhais, dentro de uma manilha de 2m de profundidade que serve de escoadouro ao lado de uma chácara da Rua Joana Persegona Zen, no Rio Pequeno, atrás de um condomínio onde os dois acusados trabalhavam como pedreiros. Seu corpo estava vestido com as roupas do avesso.

Surpreendentemente, não foi localizado o nome deste homem “misterioso”, de modo que não foi possível saber a quantas anda este processo – se é que houve algum. O que sabemos é que eles “responderiam” por “latrocínio”. Se alguém tiver alguma notícia que possa cooperar com a história, não se reprima: comente e nos agracie com mais informações (e espero que sejam as que esperamos ouvir...).

É uma lástima que um crime tão bárbaro não tenha tido uma resposta das autoridades...

Fonte: Paraná Online
          Agência de Notícias do Estado do Paraná

          Gabriela Sou da Paz

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

CASO PEDRO HENRIQUE MARQUES RODRIGUES, Ribeirão Preto/SP (2008)



Dia 12 de junho de 2008. Pedrinho, cinco anos de idade – nascido em 13 de fevereiro de 2003 – foi levado ao hospital Santa Lydia por sua mãe, Katia Marques, que afirmava ter o menino ingerido um produto que tira mancha de roupas, Semorin. O menino apresentava parada cardiorespiratória e não resistiu. No entanto, o laudo apresentou outras circunstâncias para o óbito do menino.

Pedrinho tinha hematomas por todo o corpo, possivelmente causadas por pancadas ou tombos, duas fraturas no punho direito, além de fraturas em ossos longos, o que causou embolia gordurosa (segundo os médicos, esse tipo de fratura libera células gordurosas que entram na corrente sanguínea, se misturando à medula óssea e seguem para os pulmões... os vasos capilares são obstruídos causando a embolia).

Para os peritos, o menino teria sido chacoalhado e, durante a ação, quebrou o punho... essa fratura teria acontecido no dia da morte. Os hematomas foram causados em dias anteriores. Imediatamente foram considerados suspeitos a mãe e o padrasto, Juliano Gunello.

Katia Marques e Juliano Gunello

O pai do menino, o policial militar Odair Rodrigues, via o menino a cada 15 dias e o considerava uma criança feliz... pelo menos quando estava em sua companhia. Ao ser perguntado sobre a convivência com a mãe e o padrasto, o menino se calava. Odair e Katia estavam separados a cerca de um ano e meio.

Segundo Odair, os primeiros hematomas no menino apareceram quatro meses antes, logo após ele pedir transferência do Batalhão de Araraquara para Ribeirão Preto para poder ficar mais próximo do filho, que residia com a mãe e o padrasto em Ribeirão. Ele lembra que, ao comentar com o menino essa decisão, Pedrinho pediu que o pai não dissesse nada para sua mãe e o padrasto... não entendeu por quê e o menino não justificava.

Pedrinho e Odair Rodrigues, seu pai.



DADOS PROCESSUAIS

Processo n. 0032846-32.2008.8.26.0506 em trâmite na 2ª Vara Criminal do Foro de Ribeirão Preto, Katia Marques e Juliano Aparecido Gunello foram inicialmente processados por “lesão corporal”, porém, condenados inicialmente a cumprir 7 anos de reclusão em regime inicial semiaberto, mais o pagamento de dez dias-multa, pelo crime de maus tratos com resultado morte.

Tanto Ministério Público quanto a Defesa apelaram, sendo não provido o recurso da Defesa e provido o recurso do Ministério Público, o que resultou nas seguintes modificações:
1- Juliano condenado à 10 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão;
2- Kátia Marques condenada à 9 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão.

Ambos em regime inicial fechado, incursos no artigo 1º, inciso II, §3º, parte final, e artigo 4º, inciso II da Lei n. 9.455/97.
Leia o acórdão (link: http://sdrv.ms/1cYsgbe)... traz os depoimentos de testemunhas, como vizinhos, professora, sobre o calvário e sofrimento aos quais Pedrinho era submetido.

Este recurso transitou em julgado, porém, devido a interposição de Recurso Especial pelo Ministério Público, este trânsito tornou-se sem efeito... no momento, está em fase de contrarrazões pelo Procurador-Geral de Justiça.


Fonte: Ribeirão Online – Site Terra Online
           Globo notícias – Gazeta de Ribeirão (por Sandra Domingues)