segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

CASO ANA CLÁUDIA CARON, Curitiba/PR (2007) - 35ª edição



A jovem Ana Cláudia Caron, 18 anos de idade, estudante de Educação Física, acompanhava seu namorado, Madison Ramos, que acabara de sair do trabalho, em direção à academia onde costumavam treinar, no início da noite de terça-feira, dia 21 de agosto de 2007. Seu namorado a seguiu em seu carro durante todo o trajeto – do trabalho dele até a academia – e, quando viu que Ana conseguira uma vaga para estacionar, perto da rua Paula Gomes, nas proximidades do Shopping Muller, em Curitiba, deu a volta no quarteirão tentando localizar outra para ele. Quando retornou ao local onde a viu tentando estacionar, não a encontrou, nem o carro...

Ana foi sequestrada por dois homens, momento registrado pelas câmeras de um radar eletrônico próximo do Teatro Ópera de Arame. Um policial que vira a abordagem preferiu comunicar seus superiores, um excesso de prudência fatal.

Os homens permaneceram rodando com Ana durante 4 a 5 horas e, depois, a levaram para Almirante Tamandaré, onde a submeteram à violência sexual... seu corpo foi encontrado no dia 23 de agosto, nu e carbonizado, com o rosto e a área genital desfigurados, assassinada com um tiro na boca e teve o carro incendiado.


No dia 25 de agosto foram presos em uma casa no Parque Tanguá quatro suspeitos da morte de Ana Cláudia... na casa foram encontrados objetos pessoais de Ana, como roupas, brincos, bolsa e celular, reconhecidos pelo pai da menina. Na casa estavam Ângela Ferraz da Silva, de 22 anos, seu namorado de 17 anos, outro adolescente de 15 anos e Weryckson Ricardo de Pontes, de 19 anos.

Usuários de drogas, o namorado de Ângela, que era menor de idade, narrou o crime em detalhes... Ângela confessou ter guardado o carro até decidirem como se desfazer do veículo; uma testemunha reconheceu os dois adolescentes como os rapazes que a sequestraram no estacionamento.

Ângela e o namorado estudavam juntos e cursavam a 5ª série do ensino fundamental... era considerada uma garota esforçada por vender doces e salgados para aumentar sua renda. Também tinha faltas abonadas, pois, como trabalhava como diarista na casa de um pastor no centro de Curitiba, não conseguia chegar a tempo para a primeira aula. Era evangélica.

Seu namorado também não tinha problemas de disciplina, era uma pessoa quieta e não se envolvia em brigas... embora repetentes, tinham suas notas acima da média. O rapaz brincava com os meninos da rua e seu passatempo predileto era soltar pipas... cuidava dos três irmãos mais novos e levava o de 1 ano e 6 meses todos os dias à creche. Após sua apreensão, sua mãe deixou o bairro com os demais filhos. Ninguém sabe seu paradeiro.

Os dois adolescentes autores do crime receberam 3 (três) anos de reclusão em uma unidade socioeducativa por latrocínio, estupro, atentado ao pudor e ocultação de cadáver... em março de 2010, o Ministério Público pediu pela liberdade destes. O juiz Erick Antônio, no entanto, não concedeu a liberdade, porém, suas penas findaram tempos depois.



Ângela foi condenada por receptação... foi proibida de sair da cidade sem comunicar à justiça e, em janeiro de 2009, aguardava emprego em trabalho remunerado. Caso descumprisse essa determinação, cumpriria sua pena em regime fechado.

Werickson, por sua vez, ficou apenas 14 (quatorze) meses preso... em janeiro de 2009, foi absolvido por falta de provas que o ligassem ao assassinato. No entanto, em fevereiro do mesmo ano, foi preso por envolvimento em três homicídios. Em uma entrevista, ele declarou: “Sou um tralha mesmo... se não for com o tráfico, vou viver com o quê?”.

Fonte: Paraná Online
           Gabriela Sou da Paz
           G1 Globo.com
           Gazeta do Povo


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